Conhecendo a Linda Belém – Portugal 🇵🇹
- 24/07/2020
- Portugal / Turismo
O bairro de Belém fica a poucos quilômetros do centro histórico de Lisboa e é um convite pra um dia de passeio pra quem está na capital portuguesa. Além do famoso pastel, o local oferece uma viagem no tempo que tem tudo a ver com a história do Brasil: foi daqui que Pedro Álvares Cabral partiu em 1500 rumo ao Descobrimento do Brasil.
Como Chegar em Belém
O jeito mais fácil é ir de transporte público a partir de Lisboa. Você pode pegar o trem (comboio) da Linha de Cascais saindo do Cais do Sodré (que tem uma estação do metrô de mesmo nome) e desembarcar na estação “Belém” por 1,30€*. É possível pra comprar o bilhete na hora mesmo, nas máquinas de autoatendimento. Veja os horários no site da Comboios de Portugal.
Outra jeito simples de chegar em Belém é usando o tram (bonde elétrico) número 15E, que começa na Praça da Figueira, próximo da estação do metrô Rossio, no centro, passa pelo Terreiro do Paço e Cais do Sodré. Desembarque no ponto “Belém-Jerónimos” ou “Centro Cultural Belém”, dependendo de onde irá começar seu tour. O tram custa 2,90€*, mas se você tiver o Lisboa Card sai de graça (saiba mais no fim do texto).
O que fazer em Belém
Ao desembarcar na estação de trem “Belém” ou nas “paragens” do tram “Belém-Jerónimos” ou “Centro Cultural Belém”, hora de conhecer os pontos turísticos de Belém. Entre eles, construções históricas e modernas, para apreciar a fachada ou conhecer por dentro.
Além disso, o bairro em si inspira e expira história. Isso porque foi daqui que partiram grandes navegadores, incluindo Pedro Álvares Cabral, o primeiro português a chegar ao Brasil.
Por fim, uma maneira de economizar nesse passeio, a depender do seu roteiro, é o Lisboa Card. Este é um passe turístico no qual você paga um valor fixo, mas tem acesso liberado a diversas atrações, bem como gratuidade em alguns meios de transporte, dentro de um período limitado de tempo.
Padrão dos Descobrimentos
Essa obra tem o formato de uma caravela e estampa imagens de personalidades da navegação de Portugal, como Pedro Álvares Cabral e Martim Afonso de Sousa. O Padrão dos Descobrimentos foi erguido em 1940, mas reinaugurado em 1960, 500 anos após a morte do Infante D. Henrique. No alto do marco há um mirante com uma vista panorâmica da região.
Torre de Belém
Mosteiro dos Jerónimos
Caminhe de volta, sentido ao Padrão dos Descobrimentos, e do outro lado do Jardim da Praça do Império fica o imponente Mosteiro dos Jerónimos, também Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Ao lado da Igreja de Santa Maria de Belém, o rei Dom Manuel I fundou um grande mosteiro em 1496, que levava o mesmo nome da igreja. Mas como foi doado aos monges da Ordem de São Jerónimo, passou a ser conhecido como Mosteiro dos Jerónimos.
A igreja aberta à visitação (grátis) conta com três naves e vitrais impressionantes. Ali você encontrará ainda os túmulos de personalidades como Luís de Camões e Vasco da Gama.
De volta ao Mosteiro, é possível visitá-lo e conhecer todo o prédio onde os monges viviam e oravam. A visita é gratuita todo primeiro domingo do mês. Nos dias pagos, o ingresso fica mais barato quando combinado com outras atrações, como a Torre de Belém.
Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT)
Embora não faça parte do circuito tradicional de turismo em Belém, o museu fica nesse bairro. Por isso, é uma opção extra para você visitar, ainda que o apelo seja bem diferente dos demais pontos turísticos. Isso porque as exposições têm como foco os temas que dão nome ao local.
Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia| Foto: Wikimedia Commons
Logo na chegada ao MAAT, chama a atenção a beleza do edifício, em formas curvas, de frente para o rio Tejo. A modernidade desse prédio é uma marca explícita dos séculos que o separam das demais atrações da região. Afinal, enquanto a média de idade dos outros é de 500 anos, existe desde 2016.
Palácio Nacional
O Palácio, localizado em Belém, outrora palácio de reis, é hoje monumento nacional e sede da Presidência da República Portuguesa. Chamado “das leoneiras” no século XVIII, parece ter como emblema o leão – símbolo solar que alia a Sabedoria ao Poder. Uma bandeira de cor verde com o escudo nacional – o estandarte presidencial – é hasteada no palácio indicando a presença do Presidente em Belém.
Trata-se de um conjunto arquitetônico e paisagístico onde avulta um edifício central de cinco corpos com frente para o rio Tejo. A um primeiro palacete, para nascente do Pátio das Damas – o Anexo – segue-se, na viragem para a Calçada da Ajuda, outra construção – o Picadeiro Real, hoje Museu dos Coches. Para poente desenvolvem-se os conjuntos do Pátio dos Bichos, do pavilhão da Arrábida e do Jardim da Cascata. Na direção do sul estende-se o Jardim Grande, que termina num mirante cujo gradeamento prolongado para nascente e poente encontra dois pequenos pavilhões, outrora designados “casas de recreação”.
Pasteis de Belém
Sabe aquele ditado de “ir a Roma e não ver o Papa”? O mesmo acaba valendo. Não tem como ir a Belém e não provar o pastel de Belém. Apesar de os pastéis de nata serem vendidos em todo o país, apenas aqui eles podem usar esse nome.
A receita legítima, que surgiu no Mosteiro dos Jerónimos, é feita até hoje na confeitaria Pastéis de Belém, que tem como data de abertura o ano de 1837. Se for depois do meio-dia, espere encontrar filas, pois o local é concorrido.
Nos Arredores
Ainda nos arredores do Mosteiro e do Jardim da Praça do Império você pode visitar outras atrações de Belém. O Museu Nacional dos Coches guarda uma coleção de carruagens do séc. XVII a XIX, a maioria pertencente à Família Real Portuguesa. Já o Museu da Marinha conta a relação do país com o mar e os descobrimentos de seus navegadores.
O Jardim Afonso de Albuquerque é um jardim situado na Praça Afonso de Albuquerque. O nome do jardim é o de Afonso de Albuquerque, governador da Índia entre 1509 e 1515.
O jardim tem uma área de cerca de 1,6 ha de planta quadrangular e simétrica, prolonga-se desde o Palácio Nacional de Belém até à Avenida da Índia. Numa plataforma central circular ergue-se uma estátua de Afonso de Albuquerque. O jardim desenvolve-se em volta, com vários tabuleiros de relva, bancos de pedra e quatro lagos artificiais situados nos quatro cantos do jardim e respeitando a simetria do mesmo.
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